Base Nacional Comum Curricular integra painel do 36º Encontro Estadual de Professores e 8º Congresso Nacional de Ensino Agrícola
Durante o 36º Encontro Estadual de Professores e o 8º Congresso Nacional de Ensino Agrícola, o tema foi “Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e das Diretrizes da Educação Ambiental no Rio Grande do Sul”.
Base Nacional Comum Curricular
Quem participou deste painel foi o professor Gabriel Grabowski, pesquisador da Universidade Feevale e membro do Conselho de Educação, da diretoria da Aesufope e Consinos e do Observatório do Ensino Médio.
No início, ele explanou sobre a onda jovem que se tem no Brasil. Hoje são 50 milhões deles. E entre as grandes preocupações deste público estão a inserção no mercado de trabalho, acesso à educação, uma vida mais segura, em saúde e segurança. Em especial a emocional, com a pandemia e por fim, o acesso à cultura.
Mudanças na Base Nacional Comum Curricular
As alterações na BNCC que é um documento de caráter normativo, que determina o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das fases e modalidades da educação básica, de maneira que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento em conformidade com o Plano Nacional de Educação (PNE).
Educação híbrida
Sobre a educação híbrida, Grabowski explicou:
“Todo o Estado e escola devem ter sua política educacional e a BNCC é um documento focado no currículo. Uma coisa é alinhar outra é se restringir à BNCC, mas ela não representa o universo do ensino brasileiro, ela é um campo.”
Ideologia política
Ele destacou ainda que nos últimos 50 anos, várias propostas de ideologia política reformista foram testadas. É o caso da Finlândia que fez a revisão há 40 anos.
“Isso impacta nas escolas. No Rio Grande do Sul tem estudo, inclusive, apontando que nos últimos governos foram quatro políticas diferentes para o Ensino Médio e cada uma descontinuando as outras. Existem monitoramentos mostrando que as metas do Plano de 2014 foram descumpridas.”
Além disso, tal ideologia atrapalha os avanços da BNCC, afirma. Prova disso, é que ele revelou índices de que os investimentos deveriam ser de R$ 50 bilhões na educação. Porém, a realidade é de R$ 500 milhões.
Mudanças no ensino médio
Contudo, as alterações no Ensino Médio preocupam o professor. Neste caso, estão colocadas entre as diretrizes para esta faixa de ensino: a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, a preparação básica para o trabalho e cidadania do educando, o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética, autonomia intelectual e do pensamento crítico e a compreensão dos fundamentos científicos tecnológicos dos processos produtivos.
Educação ambiental
Por outro lado, em relação à educação ambiental, toda instituição de ensino deve se constituir como espaço integral. As escolas com educação profissional deverão desenvolver estudos e tecnologias que eliminem os impactos ao meio ambiente e danos à saúde do trabalhador e que também reforcem as escolas agrícolas como espaços de educação ambiental.
O evento realizado pela Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea) está ocorrendo no Centro de Eventos do hotel Laghetto Viverone, na cidade de Rio Grande (RS).
*Foto: Divulgação