Sanidade mental nas escolas, de acordo com pesquisa da Person em vários países, inclusive no Brasil, revela que a depressão e ansiedade cresceram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia
No mês de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou sua maior revisão da saúde mental mundial desde a virada do século. O estudo detalha um plano para governos, acadêmicos, profissionais de saúde, sociedade civil e outros com a ambição de apoiar o mundo na transformação da saúde mental.
Sanidade mental nas escolas
Ainda conforme o mesmo documento da OMS, em 2019, aproximadamente um bilhão de pessoas, o que inclui 14% dos adolescentes do mundo, viviam com um transtorno mental.
Além disso, o suicídio foi responsável por mais de 1 em cada 100 mortes, e 58% dos suicídios aconteceram antes dos 50 anos. Contudo, pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, especialmente por causa de doenças físicas evitáveis.
Principais causas da depressão
Por outro lado, o abuso sexual infantil e a vitimização por bullying são as principais causas da depressão. Mas há também desigualdades sociais e econômicas, emergências de saúde pública, guerra e crise climática estão entre as ameaças estruturais globais à saúde mental. De acordo com a Global Learning Survey 2022, pesquisa encomendada pela Pearson em vários países, inclusive o Brasil, a depressão e a ansiedade cresceram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.
Saúde mental como prioridade nas escolas
Sendo assim, a percepção de que há necessidade de as escolas abordarem e priorizarem a saúde mental está em crescimento. A Global Learning Survey 2022 mostrou que no Brasil 96% dos pais gostariam que as escolas fornecessem serviços de saúde mental gratuitos aos estudantes. Mas, apenas 19% das escolas mencionadas pelos pais possuem este recurso. De modo global, os índices ficam em 92% e 26%, respectivamente. Além disso, 67% dos brasileiros acreditam que as crianças deveriam ser introduzidas a programas e recursos de bem-estar e saúde mental desde os primeiros anos de vida escolar.
Institute of Education Science
Contudo, um estudo publicado em maio deste ano pelo governo americano e conduzido pela consultoria independente Institute of Education Science indicou que, desde a pandemia de Covid-19, 70% das escolas viram um aumento no número de alunos que procuram tratamento de saúde mental. Todavia, ainda há escassez de programas de saúde mental para escolares.
No Brasil
Tradicionalmente, no Brasil, serviços de saúde mental não são prestados dentro das unidades escolares. Mas, esta é uma discussão bem complexa, principalmente ao considerar que o desenvolvimento integral saudável requer a integração de serviços de educação, saúde e assistência social. e vale destacar que o mais importante nesta pauta é quando este tópico poderá ser acessado de fato. Por fim, também deve integrar a questão como serviços de saúde mental devem ser estendidos aos alunos e professores.
*Foto: Reprodução